O movimento simbolista no Brasil é tratado com o mesmo estigma com que era em fins do século XIX: um corpo estranho em nossa realidade, absenteísta, lunático (“nefelibata”), solipsista e visionário. Entretanto, faz parte de nossa realidade literária. Muito dessa marginalização, e da contradição que carrega, se deve ao fato de se alienar o Simbolismo dos simbolistas e estes, da vida social. É por desaliená-los que este livro de Maria Tarcisa se torna importante. Ajuda-nos a compreender o Simbolismo a partir do fato de ter-se enraizado e consolidado no Paraná de uma maneira politicamente ativa. Para que se tornasse possível trazer à luz os vínculos dessa literatura com a história, a autora não teve dúvidas de reconstruir o contexto sociocultural do Paraná entre 1890 e 1920, valendo-se também, mas não exclusivamente, de aspectos (os biográficos, por exemplo) que a crítica literária costuma menosprezar. Esta é uma das ousadias que a socióloga conseguiu equilibrar com a desafetada modéstia de quem intuiu haver no Simbolismo brasileiro mais representação da sociedade do que aquela velada pela polissemia dos símbolos. Aprendemos assim que, além da musicalidade e das visões, o Simbolismo se caracterizou, no Paraná, pela construção coletiva de uma identidade regional, outra “nuvem civil sonhada”, conforme diria o poeta.
Código: |
L004-9788565888264 |
Código de barras: |
9788565888264 |
Peso (kg): |
0,880 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,50 |
Espessura (cm): |
3,50 |
Autor |
Maria Tarcisa Silva Bega |
Editora |
EDITORA UFPR |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
540 |
Ano de edição |
2014 |
Número de edição |
1 |