O fim do século XIX na França foi marcado por escândalos políticos, inquietação social, dissensão e "decadência". Mas foi também uma época em que as vantagens anteriormente reservadas aos privilegiados passaram a ser compartilhadas por um número bem maior de pessoas. Os transportes públicos, a iluminação elétrica, a hora oficial e uma melhoria no abastecimento de água alteraram radicalmente a vida das classes mais desfavorecidas, que encontraram tempo para viajar e para as atividades de lazer - incluindo esportes como o ciclismo. A mudança passou a ser a natureza mesma das coisas, e as pessoas acreditavam que um progresso ainda maior era não só possível como inevitável.Neste livro fascinante, Eugen Weber descreve modos de vida menos a partir de uma perspectiva do século XX que a partir da visão dos próprios contemporâneos. Desse modo, o telégrafo, o telefone, a máquina de escrever, o encanamento e o aquecimento central adquirem aqui maior importância do que assuntos tradicionais como a marcha dos acontecimentos internacionais, a crescente organização dos trabalhadores ou o avanço do socialismo. Da mesma forma, a pintura acadêmica e a arte do cartaz, o teatro popular e o café-concerto recebem maior atenção do que o teatro ou a ópera clássicos ou de vanguarda. Quanto aos impressionistas, o final do século, como mostra Weber, "encontrou-os ainda na orla do mercado de arte", e seus quadros não deviam "ser pendurados em lares honrados onde houvesse filhas casadouras".
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| Autor | Eugen Weber |
| Editora | COMPANHIA DAS LETRAS |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 360 |
| Ano de edição | 1988 |
| Número de edição | 1 |
