Contar a fascinante história das ciências, com todas as implicações epistêmicas, sociais e políticas decorrentes, é uma operação que se reveste de crescente importância e complexidade à medida em que a “sociedade do conhecimento” se torna um eufemismo irônico para designar nossa era colonizada pela racionalidade tecnoeconômica e povoada por dispositivos tecnocientíficos que circulam pelos canais do mercado global.
Ao longo do século XX, as formas dessa história ser narrada se transformaram em conjunção com a transformação das formas de produzir conhecimento científico – mas não a reboque destas. A imagem da “Ciência”, no singular e com maiúscula, erigida desde a segunda metade do século XIX se transforma sucessivamente à medida em que se reconfiguram as correlações de força constitutivas das hierarquias epistêmicas e das ordens sociais; à medida em que a Big Science consolida uma aliança entre militares, industriais e cientistas; ou que a tecnociência se insinua entre as frestas do antigo modelo, por demais estático para essa ciência recombinante da nossa época.
De Boris Hessen a Lorraine Daston, a história e a historiografia das ciências do longo século XX são examinadas nesse livro de maneira abrangente e criativa, seguindo o percurso de formação da disciplina sob a luz do problema da demarcação entre interno e externo na explicação da mudança científica.
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Autor |
Gabriel da Costa Ávila |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
322 |
Ano de edição |
2019 |
Número de edição |
1 |