“Nietzsche sonhou com um homem que já não fugiria de um destino trágico, mas que o amaria e o encarnaria de pleno acordo, que não mentiria mais para si mesmo e se elevaria acima da servidão social. [...] Entre as ideias de um reacionário fascista ou de outro tipo e as ideias de Nietzsche há mais do que uma diferença: uma incompatibilidade radical.” Georges Bataille“Desnazificar Nietzsche. Desprussianizá-lo.” Eis o que propunha Murilo Mendes em seu retrato-relâmpago do filósofo dionisíaco. Eis o que fazia Georges Bataille, vinte anos antes, ao deslocar o acento da ''vontade de potência'' para a ''vontade de chance'': vontade de se colocar completamente em jogo, de estar aberto à totalidade dos possíveis, de ser um homem inteiro (nem senhor nem escravo, nem artista nem cientista, nem filósofo nem homem de ação, mas tudo ao mesmo tempo agora). No fundo, o que Bataille extrai da experiência nietzschiana, mais do que de seus conceitos, é uma hipermoral, uma moral do ápice, uma moral da festa, o contrário de uma moral burguesa do declínio.
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Autor |
Georges Bataille |
Editora |
AUTÊNTICA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
464 |
Ano de edição |
2017 |
Número de edição |
1 |