Embora Foucault não tenha desenvolvido uma teoria da infância ou uma formulação conceitual sistemática sobre esse tema, há ferramentas, em seus ditos e escritos, que podem ser tomadas como chaves de compreensão, com as quais se pode interrogar os modos de construção da infância, a invenção do sujeito infantil e de toda a parafernália disciplinar e dos mecanismos que põem em funcionamento o maquinário que governa a infância em nossa sociedade, conduzindo sua conduta e a conduta dos que a conduzem, segundo normas e arranjos culturais, políticos e institucionais.Pensar a infância a partir e com Foucault, indagando-a na configuração de nossa sociedade e no funcionamento de nossas instituições, problematizando-a como uma invenção histórica é perceber que não há uma clarividência nos modos como ela é engendrada no contexto social moderno, é perceber sua construção histórica como categoria das ciências do homem e não como um desenvolvimento natural, desde sempre e eternamente engajada numa evolução teleológica em que a cronologia marca uma fase da vida na qual a definição da educação se dá em torno da transformação das crianças nos homens do amanhã.Pensar a infância com Foucault possibilita ver o que se está fazendo das crianças e com as crianças em nosso tempo presente.
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| Autor | Haroldo de Resende |
| Editora | AUTÊNTICA |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 384 |
| Ano de edição | 2025 |
| Número de edição | 1 |

