• Janela aberta, por favor, quero virar pássaro Deixo minha solidão nesta cama fria e vazia entre lençóis amarrotados e tristes e amargas lembranças

Quando Vier a Primavera Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma Se soubesse que amanhã morria E a Primavera era depois de amanhã, Morreria contente, porque ela era depois de amanhã. Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. Por isso, se morrer agora, morro contente, Porque tudo é real e tudo está certo. Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é. (Alberto Caeiro, Poemas Inconjuntos)

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Autor Jose Ferrari
Editora CRV
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 120
Ano de edição 2024
Número de edição 1

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Janela aberta, por favor, quero virar pássaro Deixo minha solidão nesta cama fria e vazia entre lençóis amarrotados e tristes e amargas lembranças

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