A pretexto ou sob a máscara de uma sátira ''segunda'', pelo jogo dialético que a forma dialógica permite e instiga, Diderot compôs, em ''O Sobrinho de Rameau'', uma obra-prima da criação ficcional do iluminismo francês, e, mais ainda, um quadro dos mais abrangentes da sociedade não só do século XVIII - dos homens e de suas idéias, do jogo de suas ambições e frustrações na dinâmica coletiva e pessoal, à luz de sua máxima e mínima moralia. Uma e outra, encarnadas no Eu, íntegro até a rigidez virtuosa do seu ideário de filósofo, e no Ele, o artista talentoso, mas não genial, frustrado em sua busca de reconhecimento, que mal disfarça sua inveja em relação aos que alcançam a glória na arte e na vida, expondo os seus defeitos, supostos ou não, como fundamento de seu ceticismo e amoralismo, recortam em positivo e negativo o efeito do ácido crítico que por sua precisa ação corrosiva revela uma gravura transcendente ao seu tempo, ao seu autor e aos seus heróis.
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| Autor | J. Guinsburg |
| Editora | PERSPECTIVA |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 178 |
| Ano de edição | 2006 |
| Número de edição | 1 |

