Os princípios de beneficência, não maleficência, justiça e autonomia têm norteado a ética médica desde a década de 1960. O pragmatismo e a sistematicidade desse arcabouço principialista muito contribuíram para resguardar a dignidade de pacientes e profissionais de saúde diante do avassalador progresso da tecnologia biomédica desde o século XX. Contudo, seriam aqueles princípios suficientes para uma medicina mais humana? Nosso tempo tem testemunhado a insatisfação com uma relação médico-paciente excessivamente contratualizada e não empática. Conflitos relacionados aos cuidados no fim de vida, à sustentabilidade econômica e ambiental e aos limites dos “melhoramentos” corporais e genéticos, dentre outros, têm indicado a necessidade de um debate que ultrapasse os códigos de ética. Debate que se desenvolva em terreno até mesmo metafísico, de forma a fundamentar os valores que desejamos manter a salvo das transformações tecnológicas.
Neste sentido julgamos essencial recorrer ao pensamento do filósofo Hans Jonas (1903-1993), por sua consistente teoria ética e por sua preocupação com as implicações do agir tecnológico na medicina. A ética da responsabilidade de Jonas, muito além da norma, funda-se no testemunho da vida, e pode iluminar nosso caminho rumo a uma medicina mais humana.
Sobre o autor: Pedro de Azevedo Nunes é médico cardiologista graduado pela Faculdade de Medicina da USP em 1996, atuando desde então na assistência hospitalar e ambulatorial. Também é mestre e doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
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Autor |
Pedro de Azevedo Nunes |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
200 |
Ano de edição |
2025 |
Número de edição |
1 |