O método fônico vem sendo apresentado pelos seus defensores como a solução para eliminar do Brasil o suposto fracasso da escola no ensino e aprendizagem iniciais da leitura e da escrita. No entanto, quando se compreende que a alfabetização não se restringe à aplicação de um método de ensino, nem se limita à fase inicial de escolarização, mas antes, trata-se de um trabalho com a linguagem e, portanto, todo encaminhamento do trabalho pedagógico para alfabetização associa-se a uma concepção de linguagem e, ainda, de mundo, de sociedade, de escola e de sujeito, compreende-se, também, que não há “métodos salvadores” para a alfabetização, nem que os problemas da escola brasileira se resolvam como passe de mágica pela simples adoção de um método de ensino.
Nesse sentido, esta obra discute a constituição da alfabetização como signo e como esfera de atividade humana, e, portanto, campo de disputas ideológicas. A partir daí, problematiza como as relações entre prática pedagógica, metodológica e concepção de linguagem condicionam as relações sociais estabelecidas na escola, nos processos de ensino e de aprendizagem, manifestando uma determinada compreensão de sujeito e de sociedade.
Para, enfim, analisar as atividades do Livro do Aluno Alfabetização fônica: construindo competência de leitura e escrita, de Alessandra G. Seabra e Fernando C. Capovilla, buscando elementos que possibilitem identificar em qual concepção está embasada essa proposta de método fônico para a alfabetização, bem como seus limites diante dos avanços alcançados na história da educação brasileira.
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Autor |
Claudia Gallert |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
205 |
Ano de edição |
2023 |
Número de edição |
1 |