Buscando explicar o “orientalismo” peculiar do Oriente, Okakura valeu-se do chá para simbolizá-lo. No Extremo Oriente o chá assume a mesma importância que o sal para nós: a essência que empresta sentido e sabor àquilo que, sem ela, seria monótono e insípido. De início, Okakura fala de sua origem, de sua história primitiva, de sua difusão e, em seguida, volta os olhos para seu simbolismo no Japão: a cerimônia do chá, essa cerimônia tipicamente japonesa, que não se observa em nenhum outro lugar no Oriente. Trata-se de uma cerimônia quase religiosa, realizada segundo ritos estabelecidos há séculos, em que um grupo de pessoas se reúne e age com atitudes tão fantasticamente rígidas como jamais adorador algum devotou a um deus severo. Em O Livro do Chá, Okakura professa a sua fé na arte e no belo, empenhando-se na demonstração de quanto a cultura e a tradição de sua terra devem à tradição do chá. E o faz entremeando sensibilidade com raciocínio, argumento com poesia, erudição com inspiração, condensando no curto espaço dessas páginas tudo quanto assimilou em suas buscas, pesquisas e experiências, que diz respeito à arte tradicional do Oriente.
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Autor |
Kakuzo Okakura |
Editora |
PENSAMENTO |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
136 |
Ano de edição |
2009 |
Número de edição |
1 |