Eduardo Lizalde, nascido em 1929, é um dos grandes poetas mexicanos do século XX. Recentemente, em uma pesquisa, foi apontado como o melhor poeta mexicano vivo, tendo recebido o Prêmio Iberoamericano de Poesia Ramón López Velarde, entre outros. Segundo Octavio Paz, Lizalde mudou o cenário poético mexicano com seu olhar-bisturi cirúrgico, olhar de moralista, olhar apaixonado, e cada um de seus livros, cada vez com maior precisão e limpeza não isenta de piedosa ironia, é uma operação sobre o corpo da realidade. Em sua longa trajetória, Lizalde progressivamente amadureceu sua poesia, concebendo diferentes ideias e expressando diferentes emoções, não raro com grande originalidade e profundidade.
O livro de Lizalde que realmente chamou a atenção do público foi O tigre em casa, de 1970. Nesse livro, considerado um dos melhores da poesia mexicana, no qual o desespero e a tristeza nas relações amorosas são evidentes, a linguagem lizaldeana ganha a força, precisão e clareza que lhe são peculiares.
É impossível não sentir a grandeza da descrição do tigre, animal plástico que representa o ser humano em suas várias facetas e relações; é impossível não reconhecer o impacto de seus poemas sobre o ódio, ódio que constitui a única prova da existência de alguma coisa; é impossível permanecer impassível diante da mordacidade da série de poemas Lamentação por uma cadela.
Os poemas escritos a partir de 1970 (em A raposa enferma, Caça maior, Outros, Tabernários e eróticos, Bitácora do sedentário) aperfeiçoam seu estilo inconfundível e garantem o lugar de destaque que o poeta ocupa no cenário poético de seu país. Sua escrita clara e vigorosa, sua linguagem precisa e irônica, suas constantes referências às cantinas tradicionais e populares, à vida cotidiana e difícil, ao corpo delicioso e decadente, ao sexo e ao amor sem ilusões, suas contundentes críticas à ideia de revolução colocam a sua obra na contramão da poesia mexicana. Sinceridade, franqueza e honestidade são marcas da poesia lizaldeana, a qual recusa qualquer hipocrisia.
Sobre o tradutor: Plínio Junqueira Smith é professor livre-docente na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador do CNPq, nível 1C. As áreas de sua especialidade são História da Filosofia Moderna, Teoria do Conhecimento e Ceticismo. Ele á autor e organizador de vários livros, entre os quais: O ceticismo de Hume (1995), Ceticismo filosófico (2000), Do começo da filosofia e outros ensaios (2005), Ensaios sobre o ceticismo (2007), As consequências do ceticismo (os dois últimos pela Alameda Casa Editorial, com Waldomiro José da Silva Filho) e O neopirronismo de Oswaldo Porchat (2013).
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Autor |
Eduardo Lizalde |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
112 |
Ano de edição |
2011 |
Número de edição |
1 |