Este livro trata da relação entre o primeiro sistema de educação a distância de alcance nacional organizado no Brasil – o Movimento de Educação de Base (MEB) –, o Estado e os camponeses na conjuntura crítica de 1961-65. O MEB foi formalizado por um acordo assinado entre a Igreja Católica e o Governo Federal em 1961, e consistia em um conjunto de sistemas radioeducativos pelos quais eram dadas aulas de leitura e escrita, matemática e “educação de base” (que ia da higiene pessoal a direitos trabalhistas) para escolas radiofônicas espalhadas por casas de famílias, salões paroquiais ou salas em escolas infantis no interior do Brasil.
Com este projeto, a cúpula da Igreja visava afastar os camponeses da influência do Partido Comunista e doutriná-los em valores como trabalho, ação solidária e bem comum. Uma parcela dos professores visava à mobilização camponesa por direitos e transformações sociais. O Estado almejava incorporar os camponeses a seu projeto de desenvolvimento, promovendo uma modernização conservadora. E os camponeses, longe de serem receptores passivos das ações desses sujeitos, souberam, a partir de sua condição de classe e de seus referenciais culturais, selecionar e incorporar os aspectos que, na prática, mais lhes interessavam do que o MEB oferecia.
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Autor |
Claudia Moraes de Souza |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
248 |
Ano de edição |
2013 |
Número de edição |
1 |