Bianca e Leandro formavam um casal. “Bianca exibia um corpo com formas arredondadas decorado por vestidos, maquiagem e saltos altos, mas ainda tinha o pênis; Leandro usava faixas para apertar os seios e uma meia enrolada na cueca para fazer volume nas calças. Uma mulher com pênis; um homem sem? Um menino vira mulher e namora uma menina que vira homem? Ela é ele? Ele é ela?” Do choque inicial veio a motivação para o trabalho de doutorado sobre candidatos/as ao processo transexualizador em um serviço de um hospital público. Nessa pesquisa, o professor da UFRJ Rodrigo Borba encontrou um flagrante descompasso entre o que os serviços de saúde entendem como transexualidade e as variadas formas como as pessoas transexuais efetivamente vivenciam suas identidades no cotidiano. Como consequência, persistem obstáculos discursivos para uma atenção integral e humanizada à saúde de sujeitos transexuais. O autor defende que se reaprenda a cuidar da saúde de sujeitos transexuais, respeitando-os efetivamente como pessoas e valorizando as formas particulares de se vivenciar a transexualidade. Respeitando e valorizando, em especial, “quem podemos ser, para além das normas convencionalizadas sobre nossos corpos: um desafio cotidiano em nossos tempos”, conforme lembra o também professor da UFRJ Luiz Paulo da Moita Lopes, orientador da tese que originou este novo volume da coleção Antropologia & Saúde.
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| Autor | Rodrigo Borba |
| Editora | EDITORA FIOCRUZ |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 244 |
| Número de edição | 1 |

