O livro MEDIADORES PSICOSSOCIAIS DA VIOLÊNCIA aborda como se dá a mediação para que a violência social se manifeste como característica psicológica individual, partindo da hipótese de que tal interiorização decorre das mediações a que está exposto cada indivíduo, pois os mediadores interferem na síntese das relações entre as consciências psicológicas individual e social. Apoia-se nas teorias psicológicas elaboradas por Lev S. Vigotsky e nas proposições da Psicologia da Libertação, elaborada por Martín-Baró. Em consonância com a base teórico-filosófica, a técnica necessária à análise dos dados decorre da teoria Laneana, como estruturada por Leão: a Análise Gráfica do Discurso Simplificada; que localiza os núcleos do pensamento usados para elaboração do discurso, identificando os processos psicológicos utilizados no discurso desdobrado, como manifestação da violência devido aos conteúdos e aos mediadores em atividade na sua consciência. Isso porque a constituição do homem se dá nas relações sociais estabelecidas em consonância com o modo de produção da vida em cada momento histórico. Nessa argumentação, apresentam-se as funções psicológicas que possibilitam a constituição da consciência, inconsciente, linguagem, atividade e afetividade nesse processo mediado, bem como os mediadores psicossociais que determinam essa estruturação psíquica como um todo, permitindo analisar como a mediação da violência social ganha sentidos diferentes promovendo comportamentos contrários às leis que regem a sociedade por meio dos mediadores psicossociais da violência internalizados que interferem na constituição psíquica dos sujeitos, devido à sua função fundamental no processo de interiorização psíquica, no desenvolvimento histórico do processo de mediação e na sua participação no funcionamento psicológico. Destarte, a violência estrutural é concebida como processo psicossocial, desenvolvido na vida em sociedade. Assim, na origem e no desenvolvimento dos processos sociais, a cultura é parte da condição humana que molda o psiquismo ao longo do processo histórico, ressaltando o caráter socialmente construído da subjetividade dos homens. O ato violento é efetivado pelo ser humano, cuja natureza é social e, portanto, aberta a diversas e contraditórias possibilidades. Logo, a violência individual é expressa individualmente após a interiorização da violência social e de suas formas de expressão permitindo a continuidade do ciclo violento.
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| Autor | Kátia Souza Santos Ramiro |
| Editora | APPRIS |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 237 |
| Ano de edição | 2021 |
| Número de edição | 1 |

