O ensaio é um gênero solidário com as histórias que queremos contar e é solidário às reflexões sobre o mundo e nossa presença diversa no mundo. Essa ideia é de Paloma Franca Amorim e está aqui neste volume extremamente instigante intitulado Economia da tragédia. A partir dessa camaradagem que o ensaio permite, Paloma costura algumas imagens e suas interpretações, elabora e comenta sobre os modos de fabricação de alguns objetos culturais contemporâneos, sua recepção pessoalíssima e abrangente, e os efeitos de seus desdobramentos críticos.
Há cinema, série, teatro, literatura, há vida e arte num complexo entrelaçamento. Aqui, um profundo amor pela arte é invariavelmente atravessado por corporalidade, saúde mental, luto, violência, gênero, raça, classe, geografia entre outras marcações que oranos libertam ora nos mantêm reféns de tecnologias de um imaginário europeu, sequestrado.
A Economia da Tragédia talvez seja a economia das urgências, das contradições impraticáveis, da produção de vida e arte no Brasil – esse país tão profundamente diverso, cuja arte e seus recursos ainda são dominados por uma minoria, no que diz respeito à produção e consumo. Isso não significa dizer que essa dominação não pode nem está sendo minada. O grande sonho anti-colonial: imaginar além. Repensar, perceber, criticar, ter repertório plural em nossas produções e críticas. O mais importante neste volume, talvez seja como Paloma indica maneiras refinadas de compreender a vida e a produção de vida de que a arte é capaz.
Natalia Borges Polesso
Código: |
L004-9786559663545 |
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0,344 |
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Espessura (cm): |
2,00 |
Autor |
Paloma Franca Amorim |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
298 |
Ano de edição |
2025 |
Número de edição |
1 |