Até que ponto reprimir e condenar resolve o problema do abuso de drogas? Qual o efeito que as políticas repressoras e as campanhas alarmistas têm sobre os seus usuários? O aumento do consumo vem provar que esse efeito é justamente o contrário do esperado. A dramatização e o tom alarmista que envolve todo o noticiário sobre o consumo de substâncias psicoativas contribui para que a sociedade continue a condenar o usuário, em particular quando a ameaça de contaminação pelo vírus da Aids, o HIV, gera mais um estigma, o de "grupo de risco". Esta obra analisa as raízes do problema e suscita um debate amplo sobre a descriminação do uso de drogas e um trabalho de valorização da vida. Livre dos preconceitos que comumente cercam o tema, Richard Bucher propõe um trabalho de prevenção de dimensões globais, mas sem esquecer que as características que distinguem países, culturas e classes sociais pedem estratégias personalizadas.