Neste livro, José Antonio Martinuzzo analisa a captura e controle das atenções e subjetividades, à luz do biopoder foucaultiano, na nova ambiência existencial que Muniz Sodré define como “continente de bytes”, o ciberespaço. Para o autor, igualmente ao período barroco, essa territorialidade digital emerge num tempo de vertigem de afetos e depressão racional, calcado no excesso e na melancolia. Daí ciberbarroco, nome dado à lógica ético-estética que organiza o inaudito empreendimento capitalístico dos ciberterritórios.
Ao refletir sobre o ciberbarroco, a obra argumenta que, fiel à estética barroca, as redes socioinformáticas tramam telas segundo a lógica pictórica de representação da aparência, como técnica de afetação e de modelagem comportamental. Para Martinuzzo, a maravilha tecnológica que conforma as redes de vivência partitiva rima com a estratégia secular do Barroco, centrada no exercício de um biopoder de inspiração imperial e com foco na conquista e gestão da atenção.
Suportada por aplicações engenhosas, dinamizada por machine learning, a capitalística biopolítica sensível do ciberbarroco, mais do que “corpos dóceis”, almeja espíritos atualizáveis ao ritmo de operações algorítmicas formatadas ao gosto do mercado e suas afetuosas razões para o existir reduzido ao ver e ao dar-se a ver, sob o comando consumista do gozo incontinente, na ditadura do carpe diem fatiado: carpe instans!
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Autor |
José Antonio Martinuzzo |
Editora |
MAUAD X |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
172 |
Ano de edição |
2023 |
Número de edição |
1 |