O livro trata das antigas formas de sociabilidade de determinadas famílias em seus meses de férias, no balneário de Atafona, norte do estado do Rio de Janeiro. O balneário passou, a partir do início do século XX, a ser frequentado por veranistas de “famílias tradicionais” do município vizinho, Campos dos Goytacazes. Trata-se de um grupo com poder econômico relativamente variado, do qual faziam parte desde abastadíssimos usineiros até comerciantes, médicos, advogados e professores.
Após viver seu “período áureo”, desde o final da década de 1970, o balneário de Atafona passou a conviver com um processo de erosão marinha, que, de forma lenta, porém marcante, tem destruído inúmeras casas e ruas inteiras. Algumas das residências de vilegiatura datavam, por exemplo, de 1912, e contavam as histórias dessas famílias e desse balneário. Muitas delas viraram ruínas, inscrevendo no balneário lembranças de um estilo de vida que não mais existe. Do patrimônio material e simbólico de muitas dessas residências, além de tijolos e azulejos escondidos entre as ruínas à beira-mar, restaram apenas as recordações dos diversos momentos vividos. Através de entrevistas não diretivas e do recurso de álbuns de família para acessar a memória dos antigos veranistas, este livro apresenta-se como um registro de uma parte da história desse lugar que convive, a cada ano que passa de forma mais intensa, com o desaparecimento de suas antigas casas, bares, clube, lanchonetes, caixa d''água e ruas inteiras.
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Autor |
Juliana Blasi Cunha |
Editora |
AUTOGRAFIA EDITORA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
178 |
Ano de edição |
2021 |
Número de edição |
1 |