A proclamação da República em 1889 foi fruto de um golpe militar apoiado na última hora por um grupo de republicanos civis. Após cinco anos de governos militares, os civis assumiram o poder. Tal é a versão adotada por grande parte da historiografia. Nessa visão há uma suposição implícita de que havia um único movimento republicano portador das mesmas ideias, dos mesmos projetos, a da mesma tática. Não foi assim. O movimento incluía correntes distintas e a vitória de uma delas, a majoritária, fez com que ficassem em segundo plano, ou mesmo desaparecessem, as outras. A corrente que predominou foi a liberal-federalista, de inspiração norte-americana. Havia ainda a jacobina, cuja referência era a Revolução Francesa, e uma terceira, a positivista, tributária do pensamento de Augusto Comte. Este livro presta importante contribuição à história de nossa República salientando, de início, as diferentes correntes republicanas e, a seguir e sobretudo, esmiuçando as nuanças de pensamento dentro da própria corrente dominante. A autora faz um exame cuidadoso da obra dos três principais teóricos da corrente republicana liberal: o paulista Alberto Sales, irmão do presidente Campos Sales, o gaúcho Assis Brasil e o carioca Quintino Bocaiúva. São examinadas as diferentes relações estabelecidas por esses autores, e pelos representantes das outras correntes, entre conceitos fundamentais como república, democracia, liberalismo e federalismo. Trata-se de temáticas que, com as inevitáveis adaptações aos novos tempos, ainda dominam o debate político de hoje no Brasil, e mesmo no mundo ocidental.
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Autor |
Daiane Lopes Elias |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
255 |
Ano de edição |
2020 |
Número de edição |
1 |