Na era da hiperconexão e da pós-verdade, comunicar ciência exige método, ética e repertórios técnico e contextual. Este livro oferece um mapa do campo: das noções preliminares e do papel público da ciência – com ênfase em letramento científico, confiança e advocacy – às inflexões históricas que moldaram a divulgação científica contemporânea.
De forma inédita, a obra percorre a convergência entre teorias da comunicação e suas contribuições para a divulgação científica, tornando acessível conceitos desde as teorias clássicas (hipodérmica, persuasão etc.) até as contemporâneas (meio, agenda-setting, gatekeeping/newsmaking, usos e gratificações, espiral do silêncio, cultivo e cauda longa). Traduz, assim, conceitos em critérios aplicáveis à formação e à prática profissional.
Explora, ainda, dimensões políticas e sociais (acesso aberto, diretrizes para redes sociais e interfaces com movimentos sociais), conectando escolhas de linguagem às disputas por sentido e legitimidade na esfera pública.
Sem perder o fio histórico, acompanha a passagem do impresso ao rádio, e deste à televisão e à pós-televisão, situando a divulgação científica na cultura da convergência e em seus efeitos sobre formatos e audiências.
Na parte final, apresenta a divulgação científica como discurso e como gênero, com orientações sobre artigos para o grande público, posts em redes, documentários, vídeos educacionais e podcasts, incluindo repertório de estratégias retóricas e de multimodalidade para tornar a complexidade inteligível sem perder o rigor.
Trata-se, portanto, de um guia de referência para estudantes e profissionais de Divulgação Científica, Comunicação, Jornalismo, Educação, Comunicação e Popularização de Ciência, Tecnologia e Saúde que desejam refletir, planejar, produzir e avaliar ações de divulgação alinhadas solidamente com as bases epistemológicas e socialmente responsáveis.