Desde a perplexidade diante da Lava Jato até a provocação de Trasímaco em Platão, o autor constrói uma narrativa que, além de crítica, é filosófica. Ele revisita pensadores como Hobbes, Marx e Arendt para demonstrar como, em diversas ocasiões, quando o poder zomba da justiça, subverte-se o contrato social que sustenta a convivência civilizada.
O coração do livro pulsa no caso de Kilmar Abrego Garcia, deportado ilegalmente pelo governo Trump. Apesar de ordens unânimes da Suprema Corte, o Executivo desafiou a legalidade, demonstrando que, mesmo em democracias consolidadas, o poder pode agir como se a Constituição fosse um mero capricho. O episódio, tratado com minúcia analítica, ilustra o risco da supremacia autoritária.
A reação firme do Judiciário norte-americano, especialmente da Corte de Apelações, reitera a importância de um sistema que não dependa apenas de boas intenções. A obra destaca que decisões judiciais precisam ser respeitadas para que se mantenha o equilíbrio entre os poderes. Caso contrário, prevalece a barbárie institucional.
Embora o caso principal ocorra nos Estados Unidos, o livro oferece lições diretas para o Brasil. Gonçalves denuncia a instrumentalização do Direito como prática recorrente em governos que desprezam a justiça social e a soberania popular. O livro é, ao mesmo tempo, um grito de alerta e um convite à reconstrução crítica do pacto democrático.
“Quando o Poder Zomba da Justiça” não é apenas uma análise jurídica. É um manifesto. É um chamado à vigilância da sociedade diante do avanço autoritário. É também uma obra de resistência — e esperança — para quem acredita que, mesmo em tempos sombrios, o Direito pode e deve ser um instrumento da vontade popular e não da opressão elitista.
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Autor |
José Manoel Ferreira Gonçalves |
Editora |
KOTTER EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
88 |
Ano de edição |
2025 |
Número de edição |
1 |