Quem acompanha o noticiário político e cultural observa a imensa variabilidade de formas com que o movimento revolucionário se faz presente.
Embora haja, por exemplo, uma relação de identidade entre os antigos trabalhistas e os novos progressistas, o cerne dos respectivos discursos é bem diferente.
Se os revolucionários de ontem falavam em neoliberalismo, reforma agrária, distribuição de renda e direitos do trabalhador, os de hoje concentram-se em questões de divisões identitárias: raciais e de gênero. Os de ontem combatiam intolerâncias, corrupção e perseguições políticas; os de hoje não se envergonham de fechar os olhos para os escândalos, se for
para defender sua causa ideológica.
Por maiores que sejam as diferenças de conteúdo discursivo entre o revolucionário do passado que combatia o capitalismo com um fuzil e aquele que combate o machismo com um iPhone, a forma do culto que um e outro praticam é exatamente a mesma.
Quais são as crenças e práticas comuns dos revolucionários?
Neste clássico, publicado na França em 1904 e pela primeira vez no Brasil, o historiador Albert Mathiez apresenta um profundo estudo sobre o fanatismo político, que foi a base para sua tese de Mestrado na Universidade de Sorbonne. Ao examinar os cultos das Revoluções Francesa e Bolchevique, sua obra consegue lançar luz sobre outras revoluções e
também a política contemporânea.
Este livro funciona como uma lanterna na selva escura. Ferramenta indispensável para quem deseja compreender a era em que vive, saber do que fala e agir com propriedade. Depois de lê-lo, você não verá o mundo com os mesmos olhos.
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Autor |
Albert Mathiez |
Editora |
AVIS RARA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
176 |
Ano de edição |
2021 |
Número de edição |
1 |