Este ensaio autobiográfico é um mergulho íntimo e visceral nas experiências da autora, diante de situações-limite: o enfrentamento do câncer, finais de relacionamentos amorosos, depressão e outras perdas significativas. Escrito em uma linguagem franca e sem artifícios, mas permeada de lirismo, o texto recusa o lugar comum da narrativa linear de superação. Em vez disso, oferece uma reflexão sobre a elaboração dos lutos não apenas os concretos, mas sobretudo os simbólicos que atravessam a experiência de qualquer ser humano. A obra mescla ensaio e poesia, revelando que a dor pode ser também matéria estética, e que a vulnerabilidade pode se transformar em potência criadora.