Esta obra investiga as aprendizagens e o desenvolvimento profissional de formadores de professores em cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, com ênfase na prática pedagógica como espaço de reflexão e transformação. Utilizando uma abordagem biográfico-narrativa, a pesquisa centra-se nas (auto)biografias de nove formadores, explorando como suas trajetórias pessoais e profissionais moldam sua identidade docente e suas práticas educativas.
A metodologia combina entrevistas narrativas e o Ateliê Biográfico de Projeto (ABP), dispositivos que permitem aos colaboradores reconstruir suas experiências por meio de metáforas, como “eu semente”, “eu árvore”, “eu fruto” e “eu semeador”. A análise revela dimensões cruciais da aprendizagem docente, como a relação entre formação inicial e prática, a importância da reflexão crítica, o papel das comunidades de prática e a ressignificação de experiências desafiadoras.
A obra destaca que a aprendizagem docente não se restringe à aquisição de técnicas, mas envolve processos contínuos de autoconhecimento, autonomia e engajamento com contextos educativos complexos. A prática pedagógica emerge como um campo fértil para o desenvolvimento profissional, onde desafios institucionais, interações com estudantes e projetos coletivos impulsionam mudanças nos modos de “ser e estar” como formador.
Com prefácios que ressaltam o valor das narrativas autobiográficas na formação docente, a pesquisa contribui para debates sobre políticas educacionais, formação inicial e continuada de professores e a construção de identidades profissionais no ensino superior. A obra é um convite a reconhecer as histórias de vida como fontes de conhecimento e a valorizar a docência como uma prática reflexiva, ética e transformadora.
Sua relevância está em oferecer entendimentos teóricos e metodológicos para pesquisadores e formadores, além de propor caminhos para a criação de espaços institucionais que integrem narrativas, reflexão e desenvolvimento profissional docente.