Carlito Lima era capitão do Exército durante a ditadura. Entre outras missões, foi carcereiro de líderes políticos como Miguel Arraes, Francisco Julião, Paulo Freire, Gregório Bezerra e outros. Espectador diário e privilegiado dos centros nevrálgicos do governo militar, Carlito narra em suas memórias aquela convivência com os presos políticos. Nomes conhecidos estão presentes na obra. A começar pelos amigos de juventude do autor, como Vladimir Palmeira (que escreve o prefácio), Cacá Diegues, Divaldo Suruagy, Renan Calheiros (autor da orelha) e outros. Traz, ainda, pessoas com quem ele conviveu em diferentes circunstâncias, da infância em Maceió à longa permanência nos quartéis e as posteriores atividades civis; Leopoldo e Fernando Collor, Carlos Lamarca, Ronaldo Lessa (atual governador de Alagoas), Danuza Leão, João do Vale, P. C. Farias, Paulo Freire e muitos outros. As memórias de Carlito Lima são, também, um bem-humorado painel do Brasil e do mundo, entre os anos 50 e 80.