Da janela para o mundo apresenta uma emocionante, reveladora e inspiradora história real de vida imbricada no amor, na fé, na perseverança e nos esforços sem fronteiras de uma mãe para se embrenhar e desvelar o mundo singular do Eduardo, seu filho, percebendo, assim, suas potencialidades, sua essência e seu modo de ser. Eduardo, hoje um jovem adulto, sinalizou necessidades específicas desde bebê. Sem um diagnóstico preciso, só na fase jovem foi diagnosticado como pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) moderado. A autora Jacqueline Aragão, mãe do Eduardo, utiliza-se de narrativa direta, enredada com honestidade, para retratar a história de seu filho, expressando sonhos, emoções, dilemas, inquietações, reflexões, fracassos, conquistas, insensibilidades, intolerâncias, acolhimentos, progressos... Enfim, toda a complexidade das experiências e sentimentos vividos, que foram cuidadosamente registrados pela mãe, autora, no decorrer de sua história junto ao seu filho, impulsionada pela percepção da importância de um dia poder compartilhar sua vivência com outras pessoas. A perspectiva é de que esta obra chegue às mãos de todos aqueles que precisam ler as palavras de Jacqueline, conhecer as peculiaridades das situações cotidianas envolvidas. Certamente, muitos(as) leitores(as) encontrarão conforto ao identificarem-se nas mesmas experiências de Jacqueline e Eduardo, com a oportunidade de refletir sobre a própria história, enquanto outros(as) leitores(as) irão se sensibilizar com uma realidade diferente da sua. Tem-se, ainda, a perspectiva de leitores(as) que farão deste livro um instrumento de estudo para entender como funciona essa, digamos, engrenagem, que movimenta uma mãe envolvida por doação, fé, coragem e amor, e impulsionada por muitas conquistas. Trata-se, portanto, de um livro direcionado a familiares, professores, médicos, terapeutas, cuidadores, enfim, a todos aqueles que lidam direta ou indiretamente com pessoa autista, além de ser endereçado a leitores(as) sensíveis que não se encastelam em seus mundos “primorosos” e buscam conhecer as problemáticas reais vividas pelo outro numa perspectiva de agregá-lo, promovendo a inclusão nas relações sociais e de trabalho, ou, simplesmente, aceitá-lo à vida cotidiana. É fascinante e convidativo acompanhar essa história rica em ensinamentos. Fica, então, a proposta ao(à) leitor(a) de desfrutar deste livro e de toda a riqueza de informação, sentimentos e reflexões que ele proporciona.
