Adepto de uma estratégia inusitada – a de elogiar o vazio ao invés do cheio, a mobilidade ao invés da fixidez – o arquiteto Carlos M. Teixeira propõe neste livro uma subversão do olhar voltado para a formação e o futuro das nossas cidades. O autor questiona os marcos e monumentos como formas estáveis da memória da cidade, e investe, precisamente, em seu contrário: na ausência de símbolos estruturados, na anti-construção e na complexa vitalidade daqui e agora. Ao tomar como ponto de partida a história descontínua da capital mineira, Teixeira flagra um processo inerente a quase todas as metrópoles brasileiras – quiçá dos países emergentes –, dilaceradas entre o apego a formas fixas, canônicas, e o desenraizamento total.
Esse conflito, Teixeira transporta-o para a estrutura mesma do livro, cujo entrelaçar de textos e imagens se assemelha, em muitos aspectos, à complexa malha viária de uma grande cidade. Daí seu recurso a uma escala bastante ampla de referências: da história clássica da arquitetura ao cinema, com inúmeras incursões pela música, literatura e artes plásticas. Como se só no cruzamento de várias vias, na ramificação quase infinita das linguagens, pudéssemos apreender – de forma urgente e vital – a energia que circula pelos vazios e espaços públicos da cidade.
É, portanto, com grande prazer que a Romano Guerra traz ao público a segunda edição, revisada e ampliada, do livro Em obras: história do vazio em Belo Horizonte.
Código: |
L004-9786587205205 |
Código de barras: |
9786587205205 |
Peso (kg): |
1,300 |
Altura (cm): |
27,00 |
Largura (cm): |
21,00 |
Espessura (cm): |
1,50 |
Autor |
Carlos M. Teixeira |
Editora |
ROMANO GUERRA EDITORA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
384 |
Ano de edição |
2022 |
Número de edição |
2 |