A Casa Subjetiva'', que a Editora Perspectiva publica na coleção Estudos, oferece ao leitor, como afirma Jerusa Peres Ferreira, a viagem que traz dos ancestrais o futuro, como na ficção científica, e nos deixa como aprendizes dessa forma de ver o mundo em suas possibilidades moventes e plurívocas. Nesta etnografia do futuro, se assim pudermos dizer, a arquiteta/autora/pesquisadora, Ludmila de Lima Brandão, nos fornece aparelhos para que se possa ver que, num percurso de ir e vir, das casas de papel se pode alcançar aquela de tijolo e argamassa, dos bancos e dos armários a dos potes e de tudo o que marca o espaço humano como tradição (signos longevos) e o que define, em outras instâncias, como descobertas e experimentos (signos ainda breves), confirmações culturais (signos plenos) e os muitos impasses das relações que experimentamos com os objetos que nos cercam (signos ambíguos). Livro de interesse particular para arquitetos, artistas, pesquisadores e todos aqueles envolvidos com as expressões da subjetividade nas moradas dos homens.