Ler nos dias de hoje é uma necessidade essencial do homem, que se inicia nas primeiras relações mãe-bebê, fazendo parte do processo de humanização e de sobrevivência. Nesse sentido, a literatura oferece ao leitor ou ouvinte a forma do humano, levando-o a compreender melhor a si e ao seu mundo, uma vez que as histórias permitem à criança encontrar palavras para nomear, dar forma e significar a massa indiferenciada e excitante do fluxo vivido; palavras que nomeando as coisas do mundo o tornam habitável. Michèlet Petit conta que, na França, as crianças que ouvem histórias, lidas por sua mãe, todas as noites, têm o dobro de possibilidade de se tornarem grandes leitores, em comparação àquelas que não passam por essa experiência. Assim, a leitura coloca o pensamento em movimento, relança uma atividade de simbolização, de construção de sentido, e permite que o sujeito possa se abrir para a fantasia e para o mundo imaginário. A importância de ver um adulto ler com paixão faz parte do relato dos leitores e, assim, alguém pode dedicar-se à leitura porque viu um parente ou um adulto que lhe inspira afeto submergir nos livros. Ademais, a autora também sugere que a leitura tem uma função reparadora, uma vez que "uma obra é capaz, literalmente, de nutrir a vida". E o que podemos pensar daquelas crianças que vivem situações não facilitadoras para a aprendizagem da leitura e da escrita, como, por exemplo, a pobreza extrema, a desintegração familiar, o analfabetismo dos pais, as experiências desastrosas na escola e a má preparação dos professores? Será possível pensar em algo que possa favorecer a aprendizagem e o gosto pela leitura? Este livro pretende oferecer algumas respostas a essas questões. Sabemos que a leitura de histórias tem uma função lúdica e criativa e estabelece-se como atividade prazerosa, permitindo um importante momento de aprendizagem. Com essa atividade, as crianças aprendem que as palavras podem criar mundos imaginários para além do aqui e agora e, ao mesmo tempo, que a linguagem dos livros tem suas próprias convenções. Nesse sentido, a literatura organiza a nossa experiência quando apresenta um universo ordenado, ficcional, que nos permite expressar, verbalizar as nossas emoções, sensações e vivências que não conseguíamos nomear.
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| Autor | Sonia Saj Porcacchia |
| Editora | APPRIS |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 169 |
| Ano de edição | 2016 |
| Número de edição | 1 |

