O livro Deixamos o não em casa, mas saímos com o nunca - Publicidade, Experiência, Públicos e Feminismos nas Redes Digitais lança um novo olhar para a relação da publicidade e dos públicos, que são analisados pela perspectiva da ação e em interação com as narrativas publicitárias e com as outras pessoas dentro de um contexto institucional que faz sentido. Assim, a obra contrapõe-se à visão tradicional de público-alvo e propõe uma perspectiva inovadora para pensar a interação da publicidade com as pessoas, principalmente nas plataformas sociotécnicas.
O livro versa sobre os novos desafios enfrentados pela instituição publicidade diante das novas tecnologias, propondo uma tríade potente entre os conceitos de publicidade, experiência e públicos como proposta analítica das interações que surgem entre as pessoas e as estratégias marcárias nas redes digitais. Para isso, faz uso do arcabouço teórico do pragmatismo e de uma abordagem circular da comunicação.
A pesquisa empírica debruça-se em quatro campanhas publicitárias que foram veiculadas no Facebook, no ano de 2015, e que se tornaram polêmicas devido ao fato de terem acionado questões de gênero nos e nas interagentes que se uniram de forma viral para tratar, sistematicamente, das questões que lhes desagradavam.
Como se dá a interação entre a publicidade e os públicos? Que experiências as pessoas padecem? Quais temáticas são acionadas? O que impulsiona as experiências negativas? Quais trocas comunicativas são estabelecidas no ambiente sociotécnico? Que públicos surgem? Como eles se organizam? Há consenso ou polarização durante o debate? São essas e outras questões que o livro Deixamos o não em casa, mas saímos com o nunca - Publicidade, experiência, públicos e feminismos nas redes digitais procura radiografar a partir da análise de mais de dois mil comentários.
A obra é essencial para profissionais, estudantes e pesquisadores das áreas de Marketing, Comunicação, Publicidade, Feminismos e Redes Digitais, pois insere perspectivas atualizadas sobre os desafios enfrentados pela publicidade no relacionamento com os públicos no século XXI, notadamente no que tange às questões de gênero, e apresenta um mapa de racionalidades divergentes presente nas interações sociotécnicas.