O movimento simbolista no Brasil é tratado com o mesmo estigma com que era em fins do século XIX: um corpo estranho em nossa realidade, absenteísta, lunático (“nefelibata”), solipsista e visionário. Entretanto, faz parte de nossa realidade literária. Muito dessa marginalização, e da contradição que carrega, se deve ao fato de se alienar o Simbolismo dos simbolistas e estes, da vida social. É por desaliená-los que este livro de Maria Tarcisa se torna importante. Ajuda-nos a compreender o Simbolismo a partir do fato de ter-se enraizado e consolidado no Paraná de uma maneira politicamente ativa. Para que se tornasse possível trazer à luz os vínculos dessa literatura com a história, a autora não teve dúvidas de reconstruir o contexto sociocultural do Paraná entre 1890 e 1920, valendo-se também, mas não exclusivamente, de aspectos (os biográficos, por exemplo) que a crítica literária costuma menosprezar. Esta é uma das ousadias que a socióloga conseguiu equilibrar com a desafetada modéstia de quem intuiu haver no Simbolismo brasileiro mais representação da sociedade do que aquela velada pela polissemia dos símbolos. Aprendemos assim que, além da musicalidade e das visões, o Simbolismo se caracterizou, no Paraná, pela construção coletiva de uma identidade regional, outra “nuvem civil sonhada”, conforme diria o poeta.
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| Autor | Maria Tarcisa Silva Bega |
| Editora | EDITORA UFPR |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 540 |
| Ano de edição | 2014 |
| Número de edição | 1 |

