Você, caro leitor, quando visita espaços como o Museu Histórico Municipal e o Arquivo Histórico Municipal, ou folheia livros gerais sobre a história de Campo Largo, não se pergunta: “Onde que está Bateias?”. As respostas apontam para o mesmo fato: nosso povo está à margem da história oficial do município de Campo Largo. Essa constatação basilar nos levou a empreendermos o presente projeto de pesquisa. Realizamos uma narrativa em termos históricos dos homens e mulheres que se empenharam em agir, construir e transformar o nosso lugar. Dirigimos nosso foco para o período que denominamos de “segunda fundação”, entre 1870 a 1957. Portanto, nossa narrativa não é uma coletânea de biografias, ainda que tenhamos vários ensaios biográficos esparsos por meio do enredo; não é um folheto de lugares históricos, ainda que ressaltemos vários lugares de memória; mas é a cristalização de experiências intersubjetivas que formam a memória coletiva e identidade do nosso povo.