Há cerca de um século, a Academia Brasileira de Letras ditava regras não apenas linguísticas. Os literatos eram figuras públicas. Neste livro, Maurício Silva mostra que aquele era um tempo em que a Academia, mais que a própria literatura, parecia ser o fenômeno central da vida do espírito entre os brasileiros, a partir e em torno do qual toda uma ideologia se exprimia – o academicismo. Tal ideologia, em seus esforços por corresponder aos anseios de uma época pretensamente bela, forjava o espelhamento entre criação literária e vida social, num movimento que acabou por alcançar a literatura a condições de “sorriso da sociedade”, na expressão de um de seus maiores expoentes, o médico, escritor e o acadêmico Afrânio Peixoto.
Entre um momento e outro, sabemos bem o que aconteceu: a belle époque tropical perdeu o brilho, suas imprudências cosmopolitas cederam lugar ao nacionalismo, seu mundanismo ao engajamento, e o modernismo se impôs como referencial estético-literário a autores, críticos e leitores. O sistema intelectual brasileiro, enfim, assumiu uma nova configuração, mais condizente com as profundas transformações sofridas pelo país no sentido da modernização capitalista. A Academia, em contrapartida, tornou-se símbolo de um passado a ser superado.
Trata-se de um livro corajoso, voltado também à contestação de marcos que, embora há tempos sejam alvo de críticas, poucas vezes foram desafiados com o arsenal teórico, metodológico e documental que aqui se lança mão.
| Código: |
L002-9788579391811 |
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| Autor |
Maurício Silva |
| Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
| Idioma |
PORTUGUÊS |
| Encadernação |
Brochura |
| Páginas |
282 |
| Ano de edição |
2013 |
| Número de edição |
1 |