Em confronto com a visão mítica e heróica criada em torno de Tiradentes, João Pinto Furtado retorna à historiografia da Inconfidência Mineira para dar contornos mais humanos à figura de Joaquim José da Silva Xavier. O autor mostra de que maneira, ao contrário do que se acredita, o alferes estava mais próximo das instituições do Antigo Regime português do que dos ideais do liberalismo, da democracia e da independência.A partir da análise dos interesses e das convicções políticas dos expoentes do movimento - alguns deles mineradores e senhores de escravos -, Furtado levanta questões a respeito da suposta unidade do movimento. Não teriam surgido discordâncias e conflitos entre os conspiradores? A repressão empreendida pelo absolutismo real português teria sido efetivamente o fator decisivo para o seu fracasso?Assim como Penélope tecia, desmanchava e voltava a tecer seu manto, à espera do retorno de Ulisses, o autor desfia a historiografia sobre a Inconfidência e empreende um jogo de luz analítico que distingue o que é próprio do evento daquilo que foi construído posteriormente. Aqui, separa-se o que é memória do que é mito, em nome de uma versão mais confiável da história, elaborando assim uma nova tessitura crítica sobre o movimento mineiro.
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| Autor | João Pinto Furtado |
| Editora | COMPANHIA DAS LETRAS |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 344 |
| Ano de edição | 2002 |
| Número de edição | 1 |

