Os gregos inventaram tudo? Em outubro de 1999, a Folha de S. Paulo trouxe uma longa entrevista com Jean-Pierre Vernant, intitulada
Os gregos inventaram tudo. Publicada pouco antes, em maio, pela revista francesa LHistoire, a tradução seguiu o texto original, exceto por um detalhe: na edição original, os leitores encontravam um ponto de interrogação em seu título Les Grecs ont-ils tout inventé?.
Este livro organizado por Glaydson José da Silva e Maria Aparecida de Oliveira Silva permite evocar o caso por duas razões. A primeira é que, para o jornalismo, o citado detalhe não faz qualquer diferença. Para a historiografia, porém, é precisamente ele que importa. É a interrogação acerca do que aconteceu que move todo exame sobre o passado, esse tempo-lugar multiforme, complexo e irrecuperável em si mesmo.
A segunda é que tal questionamento do passado, a investigação baseada em testemunhos a seu respeito, é uma atitude inaugurada pelos gregos, continuada pelos romanos e em muitos sentidos renovada e reformulada até o presente. Se isso parece confirmar a sentença jornalística, há que se notar, porém, que a invenção da História na Antiguidade Clássica não representaram um processo simples ou linear.
Ao problematizar esse processo sob a fecunda chave da ideia de História, esta obra coletiva oferece um panorama crítico que, centrado no mundo clássico, vai muito além dele: chega até nós, como um convite à reflexão sobre a natureza do trabalho do historiador.
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L004-9788579394720 |
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Autor |
Maria Aparecida de Oliveira Silva |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
638 |
Ano de edição |
2017 |
Número de edição |
1 |