Desde a primeira biografia de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) que li (e reli inúmeras vezes), sempre senti um misto de deslumbramento e ceticismo. O fato de ter iniciado meus estudos musicais com o violão e posteriormente ter me tornado violoncelista proporcionou-me uma maior proximidade com sua obra. As oportunidades que tive, por exemplo, de executar inúmeras vezes as Bachianas Brasileiras n° 1 e n° 5, a Fantasia para violoncelo e orquestra; a Fantasia para orquestra de violoncelos; suas obras para violoncelo e piano e, mais recentemente, a gravação com o Quarteto Radamés Gnattali dos seus dezessete quartetos de cordas me trouxeram a convicção de que Villa-Lobos não recebe a merecida atenção e respeito por parte dos violoncelistas. Os estudos preparatórios para esses concertos e gravações confirmaram as imensas qualidades de sua música já percebidas anos antes. Constantemente me pergunto se sua obra já chegou a ser devidamente compreendida. Essas reflexões me levaram a acreditar que um maior entendimento das questões idiomáticas desenvolvidas por Villa-Lobos em suas obras para violoncelo ajudaria a executá-las melhor. É consideravelmente maior o número de publicações que tratam de suas composições para piano, violão ou orquestra, mas em relação às obras para violoncelo, seu primeiro instrumento, são mais raras. A fim de preencher essa lacuna, o presente livro tem o propósito de analisar e discutir a importância que o violoncelo teve na trajetória do compositor Villa-Lobos, bem como identifica os principais elementos idiomáticos que aplicou e desenvolveu em suas inúmeras composições para o instrumento.
Código: |
L004-9788580426090 |
Código de barras: |
9788580426090 |
Peso (kg): |
0,770 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,80 |
Autor |
Hugo Vargas Pilger |
Editora |
CRV |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
284 |
Número de edição |
1 |