O livro inova, em relação às pesquisas anteriores de Adriano Correia, como, aliás, não poderia deixar de ser, tendo em vista a inquietação constante e a produtividade de sua atuação no campo da filosofia. Conserva, no entanto, o essencial de seu concernimento em relação à obra arendtiana, chamando a atenção para sua atualidade e relevância no atual contexto de espetacularização da política e banalização da vida. Na era da extensão planetária da fabricação, perdemos em ritmo acelerado a capacidade de estar junto dos outros, o discurso transforma-se assustadoramente naquela tagarelice que Heidegger denominou de ‘Gerede’, nutrida pela propaganda, e que nada tem a ver com o que Habermas entende por racionalidade discursiva. Portanto, a filosofia de Arendt tornou-se, para nós, atmosfera vital, com sua exigência de compreender, sua ‘paciência do conceito’ e seu cuidado kantiano da vontade, indispensáveis para a sobrevivência do pensar e da condição verdadeiramente humana de ser-no-mundo e de ocupar o espaço público. Quando o animal laborans domina toda esfera da biopolítica, as pessoas são coagidas a ser apenas ‘pró’ ou ‘contra’ as outras, obedecendo, sem reflexão, as agendas que preformatam um arremedo de pensamento, capturadas na armadilha fatal do amigo/inimigo, imersas na violência cega dos meios e completamente insensíveis à dignidade da política.
| Código: | L004-9788530957735 |
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| Autor | Adriano Correia Silva |
| Editora | FORENSE UNIVERSITÁRIA |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 256 |
| Ano de edição | 2014 |
| Número de edição | 1 |

