No ensino de ciências exatas e de tecnologia, em especial em disciplinas como Matemática, Física e Química, muito se questiona a respeito de estratégias que possam facilitar a aprendizagem significativa por parte dos alunos. É sabido que, por serem disciplinas com forte conteúdo formal em matemática, é fácil para o estudante criar uma concepção de que tais conteúdos têm um distanciamento da realidade e, ainda, que sua utilidade está meramente relacionada a um conteúdo de sala de aula, para a sala de aula. "Onde vou aplicar isso?" é uma pergunta recorrente ao professor, muitas vezes feita em tom sarcástico. Porém, grande parte dos elementos com que o aluno interage ao longo do seu dia a dia, como celulares, computadores, televisão, automóveis etc., tem nas bases de seu funcionamento exatamente os princípios de Física, Química e Matemática. Há, portanto, a necessidade de se trilhar caminhos que melhorem a percepção do discente sobre tal importância. Um deles é o da aprendizagem ativa, em que o aluno busca através de projetos ou similares construir o próprio saber. As gincanas de cunho tecnológico se apresentam como uma boa estratégia nesse sentido. O presente livro apresenta uma experiência de aplicação de uma gincana tecnológica em ambiente universitário, mais especificamente para cursos de tecnologia, em especial engenharias, batizada de GINCARVI. Foram no total sete edições anuais. A obra busca colocar uma decisão pontual de cada edição destacando aspectos positivos e negativos que ajudaram a construir um corpo de experiências para implementação e organização da gincana. Através de análise qualitativa, apoiada em alguns dados quantitativos, chega-se à conclusão de que houve sucesso na iniciativa, certificando a gincana tecnológica como uma potencial atividade para favorecer a ocorrência da aprendizagem significativa dentro da área de ciências exatas. Espera-se, com esta obra, incentivar e ajudar, dentro da medida do possível, sua implementação em outros locais.