Como atesta o nome de sua obra mais conhecida, Characteristicks of men, manners, opinions, times, a noção de caráter está entre as mais importantes da filosofia de Anthony Ashley Cooper, o Terceiro Conde de Shaftesbury (1671-1713). Termo comumente associado à moral, o caráter designa a marca distintiva ou a identidade que pode ser a de uma pessoa, a de uma época ou mesmo a de uma espécie, como a humana. Já em seu título, este estudo indica que, para Shaftesbury, o caráter não é um atributo que é facilmente dado a algo ou a alguém, mas que tem de ser conquistado ou formado. Para sermos o que devemos ser (ou antes: para que mantenhamos nossa identidade) é preciso que nos esforcemos; o mesmo deve valer quando o que se quer formar é uma época, como a Modernidade. É nesse sentido que a noção shaftesburiana de caráter, sem perder sua referência à moral, revela seu vínculo com a estética, na medida em que pressupõe uma arte, técnica ou prática pela qual ela é formada ou composta e uma faculdade crítica que analisa e julga essa mesma composição. Sob esta perspectiva, formar um caráter não é uma atividade distinta daquela que compõe um personagem: o inglês character também pode ser traduzido por personagem, lembra este livro.
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| Autor | Luís Fernandes dos Santos Nascimento |
| Editora | ALAMEDA EDITORIAL |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 286 |
| Ano de edição | 2012 |
| Número de edição | 1 |

