Primeiro volume da coleção Antropologias Feministas Contemporâneas, este livro se constrói em torno de três figuras presentes no discurso popular, a saber, as “novinhas”, as “mães nervosas” e as “mães abandonantes”. Estas figuras convocam zonas de ambivalência e articulam campos de desejos e sentimentos muitas vezes considerados em oposição, como amor e horror, desejo e interdito, apego e abandono. Ao longo do texto, é explorado de que forma estas figuras inspiram admiração e repúdio, ao aglutinar performances femininas paradoxais, provocadoras e desviantes.
A etnografia trazida nesta obra foi realizada nos morros da Mineira e do São Carlos e discute a existência de dois espaços relacionais voltados aos cuidados de crianças, as casas que “tomam conta” de crianças na favela e as creches públicas. Nas casas, o trabalho de “tomar conta” realizado por mulheres é destacado, procurando-se refletir sobre um trabalho fundamental ali exercido para a criação de gerações de pessoas. Nas creches, analisa-se o papel assumido pelas acusações sobre uma “sexualidade errada” como forma de gerir os recursos estatais e a produção de sua escassez contínua. A segunda parte da tese consiste na discussão das figuras propriamente ditas e suas implicações. Veremos como a veiculação de discursos sobre uma sexualidade feminina “errada”, presente tanto nas falas cotidianas de pessoas do local, como também em algumas instituições de Estado, conforma um campo de práticas e representações férteis sobre mulheres, violências, culpas, prazeres e sexualidades desviantes.
| Código: |
L002-9786589880745 |
| Código de barras: |
9786589880745 |
| Peso (kg): |
0,463 |
| Altura (cm): |
23,00 |
| Largura (cm): |
16,00 |
| Espessura (cm): |
1,80 |
| Autor |
Camila |
| Editora |
TELHA |
| Idioma |
PORTUGUÊS |
| Encadernação |
Brochura |
| Páginas |
314 |
| Ano de edição |
2021 |
| Número de edição |
1 |