Na carta que escreveu ao rei de Portugal, em 1500, Pero Vaz de Caminha deixou registrado, sobre os hábitos naquela localidade recém-descoberta: ,Eles não comem senão d,outra coisa a não ser dum inhame que brota de terra,. Base alimentar dos indígenas, a mandioca acompanhou a miscigenação que resultou no povo brasileiro , índio, europeu e negro , e passou a integrar pratos de inspirações variadas que, hoje, formam a autêntica culinária nacional. Não à toa, em seu História da alimentação no Brasil, o folclorista Luís da Câmara Cascudo dedicou um capítulo especial à mandioca, denominando-a de ,rainha do Brasil,, por conta de seu valor histórico e nutricional.
Em alguns estados do país, a farinha de mandioca , o subproduto mais famoso da raiz , é mais do que um ingrediente de cozinha. É o caso da Bahia, onde a dupla feijão com arroz é, na verdade, trio (feijão com arroz e farinha) e onde a farinha de mandioca envolve todo um conjunto de práticas e relações que se estabelecem por meio de sua produção e de seus usos.
Esses aspectos econômicos, sociais e culturais compõem os textos da presente coletânea, tão diversos em suas abordagens quanto a própria utilização da farinha. As receitas típicas reunidas pelos pesquisadores temperam esta leitura.
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Autor |
Raul Lody |
Editora |
SENAC SÃO PAULO |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
176 |
Ano de edição |
2013 |
Número de edição |
1 |