A família passa por profundas transformações afetivas, sociais e culturais. Entretanto, reconhece-se a afeição como o elemento que a fundamenta e a estrutura. A família é uma comunidade de afeto, de interação de vidas, não apenas um resvalar de corpos que se agitam nas ruas ou nas lojas como massa de consumo.

Mantê-la unida só é possível quando há sincera e honesta comunicação de afeto capaz de sarar pelo perdão e pela compreensão as fraquezas, as contradições do ser humano, sempre maravilhosa e assustadoramente imprevisível em suas atitudes. Tudo pode acontecer em uma família (dificuldades financeiras, doenças, fatalidades, injustiças, calúnias etc.), mas se houver afeição e respeito, um milagre será possível.

A família é, sem dúvida, o santuário em que milagres acontecem. Nela as mais lindas histórias e segredos de amar e de bem-querer são escritas não no perecível papel, mas no rochedo da afeição, que, inabalável, consegue suportar o impacto das ondas. Cuidar do afeto é o desafio que se nos impõe em uma sociedade ávida por mudança, em que o novo hoje de manhã já é velho, antigo, à tarde. Vale a pena investir no afeto: o grande motivador e a razão por que as pessoas agem dessa e não daquela maneira. A afeição pode salvar vidas!