Estação etnográfica Bahia recupera um capítulo fundamental da história dos Estudos Afro-brasileiros que elegeu a Bahia como um repositório nacional e continental da “africanidade” entre os anos 1930 e 1960. Esse não foi um processo puramente local, dado pela indiscutível abundância das “sobrevivências” culturais africanas na Bahia, mas um produto de relações transnacionais frequentemente desiguais entre “forasteiros” e “anfitriões”, observadores e praticantes do candomblé, intelectuais, políticos, artistas e lideranças religiosas. Como afirma o autor: “No caso do Brasil e mais especialmente da Bahia, a presença e o olhar de pesquisadores estrangeiros e de agendas acadêmicas e políticas estabelecidas em outros lugares não só influenciaram o mundo do candomblé a partir do final dos anos 1930 [...], mas se tornaram parte integrante desses fenômenos sociais”. Tais estudos, em contrapartida, tiveram um impacto decisivo na formação do campo de Estudos Africanos nos Estados Unidos e na agenda transnacional dos Estudos de Relações Raciais. (Julio Simões)
Autor: Livio Sansone é professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, onde fundou e dirige o Museu Afro-Digital da Memória Africana e Afro-Brasileira e a Escola Doutoral “Fábrica de Ideias”. É autor de Negritude sem etnicidade (2004), La galassia Lombroso (2022) e coorganizador dos livros Projeto Unesco no Brasil: textos críticos (2007), Raça:
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Autor |
Livio Sansone |
Editora |
EDITORA DA UNICAMP |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
312 |
Ano de edição |
2023 |
Número de edição |
1 |