Um punhado de animais que odiamos e tememos (ou aprendemos a fazê-lo), tais como vermes, larvas, gorgulhos, fungos, ácaros e bactérias, donos do nosso pavor, a maioria seres ctônicos. Seres submersos, das profundezas, por isso, incontroláveis já que a mitologia atribui ao homem o domínio de tudo que está sobre a terra, e não fala dos que estão sob. Debaixo dela é a profundeza, a obscuridade e o demoníaco. Seres ctônicos, por sua vez, são “fazedores de mundo”.
Assim são alguns poetas. Calados, submersos no seu mundo, recolhem aquilo que ninguém quer mais ler, o desimportante. Desses raros, faz parte Ricardo Corona, que ouve o inaudível da mata, vê o que não se mostra. À noite, Ricardo vê os últimos vaga-lumes e os imagina coquetéis molotov, sonhando com bancos que “explodem pelos ares”. Dos últimos e raros poetas que acreditam na imaginação, comedor de um mundo apodrecido, que o renova excretando lampejos rutilantes, esperando por esse fim desde o começo.
Carlos Augusto Lima
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Autor |
Ricardo Corona |
Editora |
MÓRULA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
88 |
Ano de edição |
2025 |
Número de edição |
1 |