Em seu mais recente livro, Terry Eagleton, um dos intelectuais mais celebrados de nossa época, considera a menos considerada das virtudes. Sua instigante reflexão sobre a esperança começa com uma rejeição firme do papel do otimismo no curso da vida. Assim como seu parente próximo, o pessimismo, o otimismo é mais um sistema de racionalização do que uma lente confiável através da qual mirar a realidade, refletindo uma postura do temperamento em vez de verdadeiro discernimento. Eagleton então se volta para noção epistemologicamente mais promissora, a esperança, sondando o significado dessa palavra familiar, mas elusiva: trata-se de uma emoção? Como se diferencia do desejo? Fetichiza o futuro? Finalmente, o autor aborda o conceito de esperança trágica – talvez a única genuína forma de esperança –, em que essa velha virtude persiste mesmo após o confronto com uma perda devastadora.
Em uma ampla discussão que abrange o Lear de Shakespeare, as considerações de Kierkegaard sobre o desespero humano, Tomás de Aquino, Wittgenstein, Santo Agostinho, Kant, a filosofia da história de Walter Benjamin e uma longa reflexão sobre o “filósofo de esperança” Ernst Bloch, Eagleton exibe sua magistral e altamente criativa fluência em literatura, filosofia, teologia e teoria política. Esperança sem otimismo está repleto do senso de humor e da clareza costumeiros deste escritor cuja reputação não se baseia apenas na notável originalidade de suas ideias, mas também em sua capacidade de envolver o leitor diretamente nas questões urgentes da vida.
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Autor |
Terry Eagleton |
Editora |
EDITORA UNESP |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
206 |
Ano de edição |
2023 |
Número de edição |
1 |