• Enfim, posso falar!

Nos últimos anos a educação de surdos mudou da abordagem oralista para o bilinguismo. A Lei Federal 10.436 de 24/04/2002 reconheceu a Libras como forma legal de comunicação dos surdos do Brasil, garantindo-lhes o direito de serem educados em sua língua. Passou a ser necessário que os professores ouvintes e os alunos surdos aprendessem a Libras e assim foram contratados adultos surdos sinalizadores para atuarem como instrutores de Libras. O papel desempenhado por esses instrutores de Libras, nas escolas especializadas oralistas, foi fundamental para que acontecesse a transição para o bilinguismo. Mas, se esses instrutores foram educados no oralismo, como se sentiram como protagonistas dessa mudança? Qual o ponto de vista desses instrutores? E dos alunos surdos? Como foi para eles, que antes eram proibidos de sinalizar ver, de repente, adultos surdos sinalizadores ensinando Libras para seus professores e para eles mesmos? Para responder a essas indagações foi realizada uma investigação, sustentada na História Oral objetivando criar “fontes surdas” que respondem a essas perguntas e podem auxiliar a compreender como aconteceu a transição do oralismo para o bilinguismo nas escolas para surdos. O resultado foi surpreendente: se esperava que o destaque dos surdos fosse o fato de poderem ter avançado em seus estudos acadêmicos, porém, o que se constatou foi que com o advendo do bilinguismo, os surdos, finalmente puderam falar e ser surdo sem sentir medo!

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Autor Beatriz Ignatius Nogueira
Editora CRV
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 162
Ano de edição 2020
Número de edição 1

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