O debate sobre violência em meio escolar continua sendo por demais importante na atualidade. Seja em razão dos índices alarmantes que denunciam o crescimento dos atos violentos acometidos ou que acometem as mais diversas camadas da população, em nível mundial, seja em razão da perplexidade que acomete estudiosos do fenômeno. Este cenário extremamente complexo que emoldura a violência nas mais variadas formas, produzindo medos e pavores sobre como ela vem acontecendo, corrói explicações até pouco tempo satisfatórias para o fenômeno. Falar de violência e escola tornou-se um tema que entrou na literatura não apenas educacional. Outras áreas do conhecimento se interessam vivamente pela investigação da referida questão: Psicologia, Medicina, Enfermagem, Antropologia e Direito são exemplos de como o fenômeno da violência em meio escolar foi incorporado aos interesses acadêmicos, num movimento multidisciplinar necessário e urgente em que se busca “compreender para intervir”. Em outros termos, a grande questão que se coloca é como as pesquisas científicas podem responder à compreensão da violência de modo mais assertivo e como podem contribuir para prevenir, combater e minimizar seu efeito nas escolas e na sociedade em geral.