Este livro propõe uma análise genealógica dos corpos a partir do embate destes com o corpo biológico produzido pela Anatomia e pela Fisiologia. A análise se debruça em artigos científicos e trabalhos de autores clássicos dessas áreas e de outras da Biologia desde o século XVIII. De uma análise mais filosófica (e considerada metafísica para o pensamento atual), o corpo ganha contornos mais materiais, no século XIX, sobretudo porque o discurso fisiológico se entrelaçou com o discurso econômico. Este trabalho contrapõe a tese de Foucault de que o corpo nasce no século XIX; o que nasce nesse século é o eucorpo, o corpo biológico que se tornou o “corpo verdadeiro” e que serve de padrão de inteligibilidade para avaliar, tratar, condenar, punir e reabilitar os corpos que vivem no mundo, ou seja, que se constituiu no padrão de eficiência econômica e sexual dos corpos. No final do século XIX, surge a psique como objeto de investigação científica, mas ela foi enfiada na materialidade mecânica e cibernética em que o eucorpo se transformou. E se a Psicologia precisou enfrentar a Fisiologia e a Anatomia, no final do século XIX e começo do XX, para se posicionar como ciência, atualmente é a Pedagogia que começa a passar pelo mesmo enfrentamento. Essa disputa é devida à racionalidade eucórpica, que vem colonizando insidiosamente diversas áreas do conhecimento.
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| Autor | Sandra Aparecida Riscal |
| Editora | APPRIS |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 332 |
| Ano de edição | 2025 |
| Número de edição | 1 |

