A pesquisa-formação coloca-se como um paradigma metodológico que procura romper com a neutralidade e com a relação de verticalidade entre o pesquisador e os pesquisados. Um dos pressupostos da pesquisa-formação se assenta na escuta atenta. Ela possibilita, ao pesquisador e aos participantes, um “deslocamento”, ou seja, uma epistemologia humana e aberta ao diálogo; portanto, favorece a criação de um espaço de diálogo e troca entre os pares. Trata-se, portanto, de um processo que não pode ser ensinado, mas vivido pelos seus atores e um movimento que possibilita, por meio da reflexão, a (re)significação do fazer docente e a construção de seus próprios conhecimentos. Essa perspectiva de pesquisa não nega o caráter científico, antes busca um saber fruto de uma objetivação, apresentando múltiplas dimensões. A pesquisa-formação, em virtude da possibilidade de emancipação, passa a constituir-se como promissora no contexto da pesquisa acadêmica. As narrativas que emergem dos participantes, juntamente com as fotografias do tempo de escola e de infância compartilhadas, permitem compreender as nossas histórias de vida e contribuem para as aprendizagens no grupo. Dessa forma, o grau de confiabilidade ali construído possibilita uma “narrativa de subversão” – termo cunhado por nós – em que se pode narrar o processo sem preocupação com o resultado, ou seja, é autoformar-se, é compartilhar experiências, é inquietar-se, é provocar-se.
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Autor |
Adair Mendes Cleane Aparecida dos; Nacarato Santos |
Editora |
CRV |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
244 |
Número de edição |
1 |