• Internacionalização da educação superior: nações ativas, nações passivas e a geopolítica do conhecimento

Nações ativas, nações passivas e a geopolítica do conhecimento
Manolita Correia Lima e Fábio Betioli Contel interpretam o cenário de internacionalização da educação superior, a partir de dados e documentos, apontando para o crescente número de pessoas e de países nele envolvidos nos últimos anos. Os autores destacam, principalmente, o papel ativo ou passivo que os diferentes países desempenham na nova geopolítica do conhecimento, mostrando os benefícios, as perdas e os riscos a ela associados.

Os pesquisadores constatam que da perspectiva do fluxo de estudantes, professores e pesquisadores, e do intercâmbio de conhecimento e ciência, há uma crescente desigualdade entre os países centrais e anglofalantes (Estados Unidos Grã-Bretanha, Austrália, Canadá e outros), que utilizam a maior mobilidade dos atores acadêmicos em favor próprio, e os países periféricos.

Estes, afirmam os autores, seguem a reboque do comando ativo dos países centrais, numa relação de subordinação, fornecendo cérebros, recursos financeiros, comprando produtos, consumindo serviços educacionais, pagando para que seus estudantes, professores, pesquisadores e administradores realizem cursos de formação de curta duração ou mesmo de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, em instituições localizadas nos países que integram o núcleo orgânico do capitalismo mundial.

Como estes países já há alguns anos atingiram o estágio da pós-massificação da oferta de educação superior, tendo, portanto, um mercado interno cada vez mais limitado, os países situados na periferia passaram a representar um “atrativo mercado educacional”. Neste contexto, concluem os autores, a menos que seja desenvolvida uma internacionalização mais ativa por parte dos países pobres, estes terão grande dificuldade para implementar mudanças estruturais.

Enquanto o atual modelo internacional continuar sendo mais controlado por órgãos como a Organização Mundial do Comércio (OMC) do que pela UNESCO ficará mais distante a utopia dos governos progressistas de transformar os indivíduos de cada nação em verdadeiros cidadãos, livres e críticos, para que possam pensar e trabalhar pela melhoria da qualidade da vida em seus próprios paises. Estamos diante de uma das mais importantes contribuições ao debate da internacionalização da educação. É leitura obrigatória para todos os que querem conhecer as tendências e os desafios da educação superior de nossos dias.

Sobre os autores: Manolita Correia Lima é graduada em ciências sociais (Université de Paris III – Sorbonne-Nouvelle), mestre em sociologia (Université de Paris VII – Université Denis Diderot) e doutora em educação (Universidade de São Paulo). É professora titular da Escola Superior de Propaganda e Marketing (São Paulo), onde coordena o Núcleo de Pesquisa e Publicação, o curso de especialização em Teoria e Prática da Educação de Nível Superior e integra a equipe de professores do programa de mestrado em Gestão Internacional.

Fabio Betioli Contel é geógrafo formado pela Universidade de São Paulo, onde realizou também seu mestrado e doutorado. Foi professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing (2002-2008), e também professor convidado na Unicamp (2003) e na Friedrich-Schiller-Universität Jena (2007). Atualmente é docente no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Código: L004-9788579390678
Código de barras: 9788579390678
Peso (kg): 0,665
Altura (cm): 23,00
Largura (cm): 16,00
Espessura (cm): 2,50
Autor Fábio Betioli Contel
Editora ALAMEDA EDITORIAL
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 536
Ano de edição 2011
Número de edição 1

Escreva um comentário

Você deve acessar ou cadastrar-se para comentar.

Internacionalização da educação superior: nações ativas, nações passivas e a geopolítica do conhecimento